Taí, um dia que pensei que fosse chegar, mas que não pensava muito. Não falo de um dia específico, mas sim como um momento que receava existir. O ano praticamente acabou e, felizmente, sobrevivi. Estou com o corpo moído, mente cansada, aulas finalizadas e meu filme todo filmado – o que me resta agora e olhar para os ultimos dias desse mês e aproveitá-los; já, daqui a pouco, partirei para a Turquia e tenho a certeza que pensarei muito nas amizades e dificuldades desses ultimos meses: na morte, em cada viagem ensolarada a Itaboraí, em cada noite que pensei não saber como fazer, em cada dia que pensei se saberia saber, na cumplicidade maternal, na aproximidade de palavras paternas, naquele abraço forte com choro e pôr-do-sol, na recordação de uma festa e na expectativa de outra.
Tudo foi difícil. Ano próximo será dedicado a consolidar meus projetos e, além da minha monografia, tentar definir meu rumo, pelo menos tentar seguí-lo. Não sinto mais a corda bamba, sigo firme para a base sólida do outro lado. Alguém me espera. Com um sorriso. Para me dar o apoio necessário. A cada passo sindo a corda menos tensionada e a sola do meu pé quase agradece cada avaço que dou. Já sei que não vou cair, ou no caso de, haverá aquela imensa rede para me abraçar e tirar o peso desse equilíbrio indesejável. É assim que estou. Chegando em algum lugar. Onde ainda não sei, mas lá no fundo de tudo meu, sinto que me aproximo. Amanhã. O melhor passaporte que posso ter.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Assinar:
Comentários (Atom)